top of page
Blog: Blog2

13 Motivos para o homem não se Masturbar

  • Foto do escritor: Kepler Wolff Keller
    Kepler Wolff Keller
  • 26 de jan. de 2020
  • 10 min de leitura

O que aprendi e como passei a viver após abandonar o vício da masturbação


Falar sobre questões ligadas a sexo não é fácil, embora o assunto seja constantemente banalizado. Mesmo que a grande maioria das pessoas tenham práticas sexuais, o assunto é cheio de tabus e de crenças limitantes. Mas de que vale receber uma grande quantidade de dinheiro se você enterrá-lo? Algo positivo que acontece na sua vida é como uma grande quantia de dinheiro que você ganha, mas se não impactar a vida de outras pessoas é como se você jogasse fora esse benefício. Pensando assim resolvi usar este espaço do meu site para agregar valor à vida das pessoas contando minha experiência ao parar de me masturbar.

Fui viciado em pornografia e masturbação durante mais de 20 anos. Na verdade a masturbação me levou à pornografia e ambos me mantiveram presos por esse tempo. Lembro-me como foi constrangedor falar sobre isso com a minha terapeuta quando eu tinha já 34 anos de idade. Eu transpirava como a tampa de uma chaleira e ficava vermelho a todo tempo. O motivo? O assunto me incomodava e eu jamais havia dado abertura para falar sobre isso com absolutamente ninguém. Só Deus sabia quem eu era de verdade e como eu era quando ninguém estava por perto.

Pouco mais de um ano depois de abordar o assunto na terapia, entender os motivos que me levavam à masturbação e abandonar a prática sinto-me completamente à vontade para falar sobre o assunto. E sem constrangimentos. Não há o que temer quando assumimos nossa identidade humana com nossa infinita capacidade de falhar e quando entendemos que Deus nos ama e quer nos trazer liberdade.

Embora a bíblia não tenha orientações claras e diretas a respeito da masturbação ela fala sobre os caminhos percorridos pela nossa mente (leia Mateus 5:27 e 28). Este texto não tem a pretensão de orientar quanto a certo ou errado, bom ou ruim, puro ou impuro. É um relato de uma experiência que pode ser aproveitado por outras pessoas que como eu são seres humanos e estão inseridos em um mundo cheio de desafios emocionais e que apresenta uma facilidade de acesso jamais vista anteriormente na história da humanidade a materiais produzidos para o público adulto, ou seja, a pornografia.

Minha visão e minha opinião neste texto não é uma crítica àqueles que praticam a masturbação. Na verdade ele é um relato dos benefícios que eu notei em minha vida ao abandonar a prática. Espero que através deste texto as pessoas possam refletir sobre a o assunto e o que traz de benefícios (se é que eles existem) versus malefícios. É uma abordagem pessoal que tem por objetivo principal te fazer um convite a você que quer experimentar a abstinência e perceber na prática se vale a pena ou não continuar com o hábito.

1 - Energia e disposição: o cérebro humano possui cerca de 2% do peso corporal (1,5 kg em média), entretanto ele consome cerca de 20% da energia que você gasta. Masturbar é colocar o cérebro pra pensar em modo avançado, afinal de contas a masturbação é um processo de imagens e de imaginação. Deixar de me masturbar me fez sentir mais disposto no dia-a-dia e com menos preguiça. Atividades que geralmente exigiam de mim grande esforço para começar passaram a ser executadas com mais facilidade. Especialmente sair da inércia para pôr a mão na massa se tornou menos doloroso. Meu cérebro passou a ter a energia direcionada para a coisa certa. Hoje eu percebo que a masturbação era como um ladrão, um “gato” da energia cerebral;


2 - Foco: pessoas que possuem o perfil comportamental influente são naturalmente mais propensas a ser dispersas, o que ainda é o meu caso. Isso se dá porque o influente é movido muitas das vezes pela novidade, o que pode gerar falta de concentração quando as atividades começam a ficar chatas na sua percepção. Junte-se a isso o fato da mente ficar buscando imagens sensuais que irá utilizar mais tarde na hora do “cinco contra um” e pronto, o foco vai por água abaixo com uma facilidade incrível. Parar de me masturbar me deu notoriamente mais poder de concentração, uma vez que a mente não precisa ficar procurando as imagens que eu utilizaria mais tarde;


3 - Comunhão com Deus: a bíblia orienta que devemos buscar a Deus, mas o pecado nos afasta de Deus. Assim como Adão se escondeu de Deus quando pecou, me masturbar me fazia querer correr de Deus, me esconder dEle como se isso fosse possível. Ou por vergonha, ou por medo, ou por não me sentir digno, por não me sentir amado por Deus, enfim. Parar com essa prática permitiu me perceber mais digno (não creio que nada mudou aos olhos de Deus, mas a minha percepção mudou) e menos envergonhado em conversar com Deus. Até nas recaídas (sim meu caro, ocorrem recaídas no processo de recuperação) eu me sentia mais disposto a buscar a Deus e contar o que houve. Percebi que Deus me vê como ser humano e me ama mesmo não aprovando minhas ações que me prejudicam. Não quero aqui entrar no mérito religioso da questão, só acho importante relatar que meu relacionamento com Deus mudou a ponto de eu me sentir mais íntimo dEle;


4 - Paciência com a esposa: o leão falha em média sete vezes antes de pegar sua presa. Isso se dá porque “meia” fome o faz ficar de corpo mole. Só depois de falhar muito é que a fome de verdade aciona o botão da ira e essa ira o faz ficar violento e assertivo, com olhar focado e certeiro. O homem que se masturba é um leão com pouca fome. Ele até procura a esposa para sexo, mas inconscientemente ele sabe que existe uma alternativa caso ela não esteja tão disposta. O homem se torna mais propenso à falta de sexo, afinal de contas ele não está de fato com fome. Se não há alternativa, o homem tem que ser mais assertivo com sua parceira. Ele se torna mais paciente, pois não quer desperdiçar a chance de fazer sexo de verdade. O jogo da sedução ganha ingredientes especiais, uma vez que ele não quer perder uma oportunidade! Como eu não tinha mais uma “válvula de escape”, meu relacionamento precisou melhorar, do contrário eu iria pirar;


5 - Melhor desempenho sexual: desempenho sexual não deve ser confundido com performance sexual. O primeiro diz respeito ao prazer recebido e oferecido, o que podemos chamar de efetividade sexual, enquanto o segundo está ligado a questões mais estéticas, como posições, penetração e tempo de ereção. O mundo da pornografia na internet faz com que nós homens estejamos constantemente preocupados com performance e isso não está ligado ao prazer em si. Sem masturbação o sexo se tornou mais prazeroso e ao contrário do que eu imaginava, até o controle da ejaculação aumentou, proporcionando um ganho secundário com performance. O aumento do prazer pode estar ligado ao fato da entrega sexual ter se tornado algo mais intenso e completo, talvez pelo fato de conseguir focar mais no prazer da parceira que no meu. Sexo mais prazeroso leva também a maior frequência e maior frequência sexual tende a levar a um aperfeiçoamento, com mais qualidade nas atividades, incluindo as preliminares;


6 - Força física: creio que este aspecto esteja mais ligado à disposição do que a força propriamente dita. Me senti mais resistente, com mais fôlego ao realizar exercícios já praticados anteriormente como a corrida, que por sinal é algo que amo fazer. Não que meu tempo melhorou, mas que as mesmas atividades realizadas passaram a parecer sutilmente mais leves. Outro aspecto é que anteriormente começar uma atividade física parecia mais difícil. Atualmente não preciso de muito esforço para sair e me movimentar. Como fiquei mais ativo fisicamente tive um ganho secundário com saúde e disposição para realizar demais tarefas do cotidiano;


7 - Força moral: é incrível o poder que a mente tem sobre o corpo. Vencer algo importante pra você, se desvencilhar de um hábito não saudável, iniciar um novo hábito tem o poder de te fazer mais poderoso. Isso se dá porque você deu o recado ao seu sistema límbico de que quem manda é você e não ele. O sistema límbico é o que faz você não querer sair da zona de conforto, que diz pra você que você merece descanso quando você na verdade precisava sair e fazer uma atividade física. Ou seja, o sistema límbico quer sempre economizar energia, passar a mão na sua cabeça e dizer que você é o máximo do jeito que você é, sem precisar fazer muito esforço. Besteira. Ao olhar pra trás e ver que foi plenamente possível você se sente forte o suficiente para suportar novos desafios, vencer novos obstáculos que te impedem de ser um ser humano melhor. Romper essa (difícil) barreira me fez sentir mais forte para dizer não a outras coisas, como o açúcar por exemplo. Também me senti mentalmente mais forte para dizer sim a outras, como atividade física que estava precisando acontecer com mais frequência.


8 - Respeito: Quem não se respeita não merece respeito. Quem não se respeita dificilmente irá respeitar alguém. Uma das coisas que mais me incomodavam em relação à masturbação era a geração de imagens pornográficas na minha mente. O olhar maldoso para mulheres e até para objetos (como uma calcinha) era algo que me incomodava bastante e fazia me sentir imundo. Mais tarde descobri que isso se dá pelo fato de haver uma necessidade cada vez maior de novas imagens para o masturbador, de “doses” mais elevadas de pornografia, de tipos diferentes de cenas sexuais para proporcionar o mesmo tipo de excitação conforme mostra pesquisas científicas (ver referências bibliográficas ao final do texto). Existem, inclusive, relatos de pessoas que tiveram suas preferências sexuais alteradas devido a essa necessidade de diversidade de conteúdo para proporcionar excitação com o uso de pornografia na internet. Ao parar de me masturbar e de consumir pornografia na internet meu olhar passou a ter mais respeito pelo sexo oposto. Não deixei de admirar a beleza das pessoas, muito pelo contrário, comecei a perceber que a beleza exterior aumenta quando temos a capacidade de perceber também a beleza interior. A imaginação fértil necessária para a masturbação me deixava cego para estes aspectos. Uma vida sem imagens sexuais em todas as situações do cotidiano é, sem dúvida, uma vida mais leve e mais respeitosa.


9 - Conexão no casamento: uma das necessidades mais básicas das mulheres em seus relacionamentos é a conexão emocional com o parceiro. É a conexão emocional que permite à mulher se entregar na cama. Isso não está relacionado à presença física necessariamente, mas sim à presença emocional. A mulher se sente segura quando está ligada àquele que se diz seu companheiro. Creio que o fato de me masturbar fez com que eu perdesse a sensibilidade para esta necessidade básica da minha esposa, afinal de contas o homem age em grande parte das vezes pela recompensa, e como havia uma alternativa à falta de sexo a conexão emocional nem sempre era uma prioridade pra mim. Não ter uma válvula de escape meio que me forçou a buscar mais sintonia com minha esposa. Essa sintonia está muito ligada ao estado emocional do casal. Um casal conectado está mais disposto a reconhecer quando erros acontecem, tende a ter uma comunicação mais leve e sem agreções e está mais propenso a perdoar e a pedir perdão. Estar mais propenso a perdoar e a pedir perdão elevou nosso relacionamento a outro patamar;


10 - Satisfação: se você encheu sua barriga com pão e mortadela até a picanha vai deixar de ser saborosa. Um dos problemas do ser humano é a perspectiva pela comparação. Quando observamos as mulheres “perfeitas” que gostam de “meter” e gemem do início ao fim do sexo imaginamos que em casa deve ser do mesmo jeito. Logo vem a decepção, pois o mundo real não é o mesmo da grande escola do pornô. Abandonar a pornografia na internet foi libertador para não haver mais comparações. Minha esposa passou a ter o real valor de alguém que é real e eu passei a atentar mais para as necessidades dela, enquanto ela correspondeu atendendo melhor minhas necessidades, sem julgamentos e sem comparações que nos levam a grandes e infinitas frustrações;


11 - Autoconhecimento: resolvi parar de me masturbar por questões que começaram a me incomodar e que me levaram a uma série de perguntas, como por exemplo por que eu me masturbo? Por que preciso de imagens de outras mulheres? Por que me sinto tão bem ao me masturbar e logo em seguida fico tão insensível e irritado? Qual a relação da masturbação com a improdutividade? Responder essas perguntas me levou a entender questões profundas dentro de mim e me proporcionou um autoconhecimento sem igual. A masturbação era meu refúgio. Ela era um sintoma de doenças emocionais e feridas na minha alma e responder a estas questões me trouxe cura. Não era a masturbação o problema, e por isso eu não conseguia deixá-la, ela apontava que algo maior estava errado lá dentro da alma e por mais que eu me sentisse incomodado e disposto a abandonar o vício eu não conseguia. Só o autoconhecimento proporcionou a oportunidade de resolver as questões internas e quando as feridas se fecharam a masturbação perdeu completamente o sentido;


12 - Referência: nós seres humanos aprendemos pelo exemplo. Não existe essa de “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. As palavras podem até convencer, mas o exemplo arrasta. Tocar nesse assunto de masturbação e os efeitos maléficos dessa prática para homens que se sentem donos da verdade precisa ser feito por alguém que conhece os dois lados da moeda. Mais do que isso, alguém que esteja disposto a construir a ponte do diálogo, que queira de verdade estender a mão e dizer “brother, se eu parei é possível você parar e eu posso te ajudar”. Me fazer vulnerável ao falar da minha intimidade relacionada ao assunto é apenas o começo da ajuda que posso oferecer a pessoas que queiram entender melhor quais os benefícios podem surgir com o abandono da prática. Ser referência para outros homens é ao mesmo tempo algo positivo e uma baita de uma responsabilidade, porém me sinto motivado para continuar nesse caminho e mais motivado ainda a conduzir outras pessoas para uma vida mais plena e mais leve sem a masturbação;


13 - Tempo: O tempo que eu gastava imaginando corpos, diálogos, situações e posições agora pode ser utilizado para produzir conteúdo que agrega valor à vida das pessoas. Não há mais tempo a perder, não há mais desgaste cerebral, nem recompensa barata e sem esforços. Certamente minha capacidade cerebral está sendo empregada agora a coisas úteis como o texto que você está lendo e isso traz ganhos que não podem ser medidos;

Se esse texto fez sentido de alguma forma pra você compartilhe! Caso tenha alguma dúvida ou algum comentário relacionado ao assunto não deixe de postar aí embaixo. Saudações.


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

 
 
 

Comments


31973491965

©2020 por kepler wolff keller. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page